terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

"No espetáculo do samba sua majestade Peró encanta"


Foto de Jorge Schutze

GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA GIRASSOL
Carnaval 2014


O Grêmio Recreativo Escola de Samba Girassol foi fundado no dia 23 de janeiro de 1982 por um grupo de amigos que se reuniam para batucar após o joguinho de futebol. Em 1984 os membros fundadores se organizaram e conseguiram comprar a sede que fica localizada no Conjunto Mutirão dos Pescadores, Vergel do Lago. Ao longo dessas três décadas vem animando o carnaval maceioense com sua alegria e trazendo para avenida enredos que despertam o senso crítico e o lúdico que há em cada um de nós. 
A valorização dos artistas locais que lutam diariamente pela cultura faz parte da trajetória da comunidade do Vergel do Lago, esse ano não seria diferente, por isso a homenageada é a produtora, diretora teatral e artista circense: Peró de Andrade. Ela desenvolve um trabalho com as crianças da Vila Emater em sua ONG: Sua Majestade o Circo.
O enredo "No espetáculo do samba sua majestade Peró encanta" será cantado na avenida pelos intérpretes: Dinho da Girassol, Carlão, Inácio e Afrodízio. O diretor, José Carlos, comandará a bateria que vem ensaiando três dias por semana. Os componentes estão trabalhando em um ritmo intenso para conseguir terminar de confeccionar as alegorias, adereços, fantasias.
A Girassol já foi bicampeã alagoana com os enredos: Um gigante numa terra carente de saúde e educação; A trajetória de uma exuberante portuguesa. Esse ano a comunidade vai entrar na avenida para mais uma vez ser CAMPEÃ! 
O Museu Cultura Periférica está ao lado da comunidade participando dos preparativos e se fará presente ao desfile.

Dados
Presidente: Nonato Lopes
Comunidade: Vergel do Lago
Componentes: 600
Tema: No espetáculo do samba sua majestade Peró encanta.
Composição: Edilson Santos
Intérpretes: Dinho da Girassol, Carlão, Inácio e Afrodízio


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Intercâmbio entre os pontos de memória (Taquaril visita o Jacintinho)


Mural da Assembléia Legislativa de Alagoas



Nos últimos anos tem se intensificado os encontros entres os pontos de memória e iniciativas de memória comunitária.  A cada informação que recebemos das comunidades bate uma forte vontade de conhecê-las. O Jacintinho não foge a regra e tem despertado o interesse dos nossos parceiros (as) de caminhada. O ano passado recebemos em nosso chão a visita de duas comunidades, Coque (PE) e Grande Bom Jardim (CE), tendo como representantes Vanessa e Adriano Almeida respectivamente.


Wellington Pedro e Jorge Calheiros
Recentemente tivemos a felicidade de receber a visita do mineiro,  professor, dançarino e consultor do Ponto de Memória do Taquaril: Wellington Pedro. O melhor modo de conhecer um lugar é caminhando. Caminhamos, caminhamos, caminhamos... A primeira parada foi no Feitosa, lá o Wellington descobriu o que é uma grota. A grota é um termo estranho para os não alagoanos. Passeamos pelo Centro de Maceió, encontramos no meio do caminho Seu Jorge que gentilmente presentou Wellington com três de suas obras. 



Wellington visitando o Mirante São Gonçalo








Subimos até o bucólico Mirante São Gonçalo para de lá avistar construções antigas que se misturam com as novas, o vai e vem dos carros, das pessoas, o porto, o mar...









Museu Théo Brandão. Da esquerda para direita: Júlio César, Wellington e Sirlene.



Ah, o mar. Esse merecia ser olhado de pertinho, sentir a brisa e o cheiro da maresia. Era um tarde de céu nublado e mar revolto. Em frente a famosa e desprezada praia da Avenida entramos para visitar o Museu Théo Brandão. Em seguida formos a casa Possú Beta, da yalorixá Mãe Mirian, que  o acolheu e o presentou. 







A tapioca, o pé de moleque, o grude de goma, a pitomba, o cuscuz, o sururu no coco, bem, tudo isso foi sendo devorado durante o percurso. Mas Wellington queria experimentar o churrasquinho porquê nas viagens sempre reclamo que os de lá não são tão bom como os de cá. Levamos para um legítimo boteco no Jacintinho, onde pode se tomar uma cerveja acompanhada de um churrasquinho com farofa e vinagrete.





Agradecemos a visita "relâmpago". Que os laços se fortifiquem e que possa vim com mais tempo para participar das ações do Museu Cultura Periférica. Irepó!


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Memória Oficial da 2ª reunião da COGEPACO com o IBRAM

Da esquerda para a direita: Marjorie, Raquel, João, Cristina, Natália, Cíntia, Wellington, Adriano, Suzenalson, Eneida, Ângelo, Eduíno, Claúdia, Vanessa, Luciana, Wélcio, Sara, Inês, Philip, Viviane.

Comissão Provisória de Gestão Participativa/Compartilhada



 Segundo encontro da Comissão Provisória de Gestão Participativa/Compartilhada do Programa Pontos 
de Memória e equipe do Programa Pontos de Memória, realizada entre os dias 4 a 6 de setembro de 
2013, na sala de reuniões da Sobre Loja no Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, situado no Setor 
Bancário Norte, Quadra 2, Bloco N, Edifício CNC III, em Brasília – DF.

Aos dias 4 a 6 de setembro de 2013, reuniram-se os representantes da Comissão Provisória de 
Gestão Participativa/Compartilhada do Programa Pontos de Memória juntamente com a equipe do 
programa para a realização do segundo encontro presencial dessa comissão. A programação da parte 
da manhã do primeiro dia constou de apresentações, dentre elas Luciana Palmeira – Diretora do 
Departamento de Processos Museais, Cinthia Oliveira - Coordenadora da COMUSE – 
Coordenação de Museologia e Educação e representantes da COGEPACO. Os pontos de
 memória que compõe a Comissão foram escolhidos coletivamente durante uma reunião de articulação 
dos pontos de memória ocorrida no 5º Fórum Nacional de Museus, em Petrópolis, na semana de 
19 a 23 de novembro de 2012. Na ocasião, foram acordadas apenas quais iniciativas comporiam
 este formato inicial, devendo cada uma indicar, internamente, sua representação ficando a comissão
 composta pelas seguintes iniciativas e seus respectivos representantes: Ponto de Memória Lomba
 do Pinheiro, representado na pessoa de Eduino de Mattos; Ponto de Memória Grande Bom Jardim,
 representado na pessoa de Adriano Almeida; Ponto de Memória Jacintinho, representado na 
pessoa de Viviane Rodrigues; Ponto de Memória Rural do Rio, representado na pessoa de Marjorie
 Botelho; Ponto de Memória Mangue do Coque, representado na pessoa de Vanessa Silva; Ponto 
de Memória Taquaril, representado na pessoa de Wellington Pedro, Museu dos Kanindé, 
representado na pessoa de Suzenalson Kanindé; Rede Cearense de Museus Comunitários, representada na pessoa 
de Philipe Bandeira e Rede de Pontos de Memória e Iniciativas Comunitárias e Memória Social 
do Rio Grande do Sul, representado na pessoa de Claudia Feijó.
Da equipe do IBRAM participaram deste encontro o servidor Felipe Evangelista e a servidora 
Raquel Fuscaldi, além das consultoras Cristina Holanda, Inês Gouveia, Natália Spim e Sara 
Schuabb Couto, e os consultores João Paulo Vieira (que antes representava a Rede Cearense na 
comissão) e Wélcio de Toledo. Hoje, essa é a equipe que trabalha diretamente com o Programa Pontos
 de Memória (PPM).
Contamos, ainda, com a presença de servidores de outros departamentos do IBRAM e da 
Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), convidados para debater sobre os temas 
pertinentes as suas respectivas áreas. O encontro seguiu com a apresentação e aprovação da 
pauta e relatoria que foi assumida por Wellington Pedro e Felipe Evangelista. Para essa reunião
 de trabalho da COGEPACO contamos, como convidados, com a participação de Abadia e Deusani, 
representantes do Ponto de Memória da Estrutural, localizado em Brasília.
Depois de lida a pauta e feitas as devidas alterações, essa ficou assim constituída:

Dia 4 de setembro

 (tarde, 14h às 19h) – 1) Participação dos Pontos de Memória no MINON e no ICOM; 
2) Teia da Memória e Comissão da Teia da Memória; 3) Transparência do Programa, dos editais 
de contratação dos consultores (planilha de gastos) – Participação de Telma Teixeira da Silva
 (Gerente de projetos da OEI – Organização dos Estados Ibero-americanos para a Ciência, 
a Cultura e a Educação) e 4) Apresentação do Planejamento do Programa Pontos de Memória. 

Dia 05 de setembro (manhã, 9h às 12h)

– 1) Editais de premiação (comissão de avaliação, 
seleção e divulgação das iniciativas premiadas) e outras formas de fomento. Participação de um
 representante do DDFEM e DPGI.

Dia 05 de setembro (tarde, 13h às 19h)

– 1) Apresentação da proposta de trabalho da consultoria GESTÃO PARTICIPATIVA, 
vinculada a COGEPACO; 2) Reunião interna da COGEPACO; 3) Iniciação da discussão 
das atribuições da COGEPACO com a presença de Luciana Palmeira e Cinthia Oliveira.

Dia 06 de setembro (manhã, 9h às 12h)

1) Reunião interna da COGEPACO.

Dia 07 de setembro (tarde, 14h às 18h)

 1) Discussão das atribuições da COGEPACO;
 2) Criação de uma agenda de trabalho para COGEPACO; 3) Diretrizes para a criação de um
gestão compartilhada/participativa do Programa Pontos de Memória; 4) Encaminhamentos.
Na manhã de trabalho do dia 04 de setembro, destacamos a fala de Luciana Palmeira –
Diretora do DPMUS/Departamento de Processos Museais a qual aponta questões referentes
 ao distanciamento no processo de transição dos quadros de gestores e um processo de recomposição
de quadro técnico do programa, com remanejamento de técnicos. Ainda destacou a importância
do encontro para repactuação de continuidade do processo, tendo em vista o momento de reinstituição
 do Programa Pontos de Memória. Luciana também apontou que no mapa do IBRAM, o programa
 Pontos de Memória é uma das 05 linhas prioritárias. Por isso a importância de se pensar e estruturar
 uma política de gestão do programa com vistas a transformá-lo em uma política pública.
Em um período de 12 meses ocorreram as mudanças do Presidente do IBRAM, bem como a
direção do DPMUS, fato que gerou o temor de perda da memória institucional e o desconhecimento
 dos compromissos assumidos pelas gestões anteriores. Um dos motivos de circular essa memória da
 reunião da COGEPACO além de um compromisso assumido com os Pontos de Memória, iniciativas
 em memória e museologia social que integram o programa é justamente evitar essa perda, reconhecida 
como um risco real, e divulgar tanto os acordos firmados no passado quanto os rumos futuros 
que planejamos para o Programa. Nosso desejo é ampliar o diálogo, tornando viável àqueles 
Pontos de Memória que começaram a fazer parte do Programa recentemente a compreensão
 das etapas pelas quais passamos, com a consciência dos pactos que foram firmados em diferentes
 momentos, afim de que tenham conhecimento de causa e capacidade plena para intervir no processo 
desenvolvido daqui em diante.
A seguir, listaremos, de acordo com a pauta, as questões abordadas e seus encaminhamentos:

Dia 4 de setembro (tarde, 14 às 19h)

1) Participação dos Pontos de Memória no MINON e 
no ICOM: Neste momento, estiveram presentes servidores da Assessoria Internacional (ASINT) e
da OEI. Todos ressaltaram o quanto o Programa Pontos de Memória tem chamado atenção no
exterior como a inovação mais original e importante da museologia brasileira recente.
Tal reconhecimento faz do PPM um programa prioritário para o IBRAM. A ASINT demonstrou
interesse em conhecer melhor o programa, os assuntos que estão sendo trabalhados
(quantos pontos lidam com memórias indígenas, quilombolas, afro-descendentes, questões de gênero)
 para encaminhar corretamente as demandas que vem de fora, fazer a ponte entre os museus
comunitários e instituições estrangeiras, conhecendo também as demandas específicas dos pontos de memória.
Não houve uma participação efetiva dos Pontos de Memória nos dois eventos, no Movimento
Internacional por uma Nova Museologia (usa-se a sigla em francês, MINOM) e no Conselho
Internacional de Museus (usa-se a sigla em inglês, ICOM). No caso do ICOM ocorreu uma
 apresentação institucional do programa. A COGEPCO enfatizou a importância de uma participação
 mais efetiva do Programa Pontos de Memória em eventos que tratem de questões referentes à museologia
social com intuito de fortalecer tais discussões e dar visibilidade ao programa e que esses espaços de
 fala devem ser compartilhados entre os diversos atores.
Ainda foi apresentada uma queixa a respeito do título de uma fala no ICOM a respeito do programa
 Pontos de Memória, que utilizou a palavra solidariedade, como se a construção de uma política
 pública apoiada no trabalho de militantes fosse considerada um favor prestado pelo governo.
Todos os participantes da reunião repudiaram essa terminologia, e a queixa contra o uso infeliz e indevido
da palavra ficou registrada.
2) Teia da Memória e Comissão da Teia da Memória: De acordo com a proposta apresentada
pela equipe do Programa Pontos de Memória, a Teia da Memória será realizada juntamente
com a Teia da Cultura, organizada pela Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, do
Ministério da Cultura (SCDC/MinC) e prevista para abril de 2014. A SCDC garantiria hospedagem
e alimentação para um número de participantes, calculado segundo as mesmas fórmulas usadas entre
os Pontos de Cultura (que no caso dos Pontos de Memória, daria um total entre 50 e 60 participantes).
A COGEPACO levantou a questão da necessidade de se fazer um evento desvinculado a Teia da Cultura
 e que considere as especificidades dos Pontos de Memória, uma vez que a Teia da Memória é o espaço
 criado de fortalecimento de tais iniciativas. Cabe ainda ao IBRAM o comprometimento de viabilizar
 a participação de todas as iniciativas que integram o programa, uma vez que este é o espaço para
referendar tudo que vem sendo discutido no âmbito da COGEPACO, além de consolidar outras
 diretrizes importantes sobre os rumos futuros do programa. É necessária a participação, de no
 mínimo, um representante de cada um dos Pontos de Memória, pelo menos todos os nacionais
(a participação dos Pontos no exterior é outra questão), sem exceção. Ficou agendada uma reunião
 para a Comissão da Teia da Memória para o mês de novembro.
3) Transparência do Programa, dos editais de contratação dos consultores (planilha de gastos) 
– Participação de Telma Teixeira da Silva (Gerente de projetos da OEI – Organização dos
 Estados Ibero-americanos para a Ciência, a Cultura e a Educação): A planilha de gastos
do PRODOC (sigla para Project Document) foi apresentada por Telma Ribeiro, representante da
OEI, que deixou uma cópia para a COGEPACO. A comissão entendeu a prestação de contas
apresentada por Telma, mas solicitou que seja desenvolvida, por parte do IBRAM, uma avaliação
 da aplicabilidade dos recursos no programa que contemplem as especificidades do mesmo. Havia
um mal entendido, por parte também do programa, da existência de um PRODOC1 e um PRODOC2.
Telma esclareceu que existe apenas um PRODOC que foi assinado em 2008 e que desde então,
passou por duas revisões, acrescentando verbas e dilatando prazos, vigorando até dezembro de 2014.
A função principal a que se encontra esse PRODOC hoje é a viabilização de contratação de consultores,
 o que não foi de comum acordo entre os membros da COGEPACO que não conseguiram
visualizar a forma como os Pontos de Memória seriam contemplados em seu desenvolvimento
 e fortalecimento.  Esse momento contou também com a participação de Marcelo Helder,
coordenador da COFIP (Coordenação de Orçamento, Finanças, e Prestação de Contas).
4) Apresentação do Planejamento do Programa Pontos de Memória: Foi apresentado,
 pelos consultores contratados recentemente, o plano de trabalho correspondente a cada consultoria,
a saber: Inventário Participativo; Museu, Memória e Cidadania; Criação e Fortalecimento de Redes e
Gestão participativa. Após a leitura, os membros da COGEPACO pontuaram questões a respeito do
exposto. Foi considerado que para se fazer um planejamento de ações é necessário uma avaliação do
processo até então, para que se possa planejar suas ações futuras. Para isso, deverá ocorrer uma avaliação
 entre os 12 Pontos de Memória que iniciaram o programa para que se possam estabelecer
critérios sistematizados sobre os Pontos de Memória, bem como o próprio conceito de Ponto de
 Memória. No dia seguinte os membros da COGEPACO pediram que fosse retomada a apresentação
 das ações do programa por meio das consultorias contratadas, uma vez que tal apresentação ficou
 para o fim do dia anterior o qual todos já estavam cansados e não conseguiam assimilar muita coisa.
Ficou decidido que a COGEPACO iria trabalhar no plano proposto, juntamente com a planilha do
PRODOC e encaminhar até o dia 23 de setembro sugestões ao IBRAM, pois o Programa é de
 âmbito nacional (e internacional também com as ações premiadas no exterior), no entanto havia
 uma concentração de suas ações propostas no estado do Rio de Janeiro e outras que não contemplam
 a grande diversidade.

Dia 05 de setembro (manhã, 9h às 12h) 

1) Editais de premiação (comissão de avaliação, 
seleção e divulgação das iniciativas premiadas) e outras formas de fomento: Esse momento
contou com a presença de Adna Teixeira, do Departamento de Difusão, Fomento e Economia de
Museus (DDFEM). Foram discutidos os seguintes temas: 1) como funciona o envio de projeto à
Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), via a chamada “Lei Rouanet” (Lei nº 8.313 de 23
de dezembro de 1991); 2) vantagens e desvantagens entre editais de premiação (valor menor,
 mais ágil) e de conveniamento (valores maiores, exigências burocráticas muito mais rigorosas,
prevê contrapartida), ambos regidos pela portaria 29 do MinC; 3) limitações colocadas ao processo
 de fomento pelas diversas instâncias de auditoria, tanto dentro do IBRAM como de outros órgãos e,
4) o tema que levantou maior polêmica, os dois editais de premiação do Programa Pontos de
 Memória. A COGEPACO teme a descaracterização do Programa com a premiação de iniciativas
 que não possuem caráter de gestão participativa / comunitária. Em alguns casos com vínculos
diretos à instâncias governamentais, como prefeituras, ou no caso de fundações mantidas por
 grandes empresas, o que também se entende como uma descaracterização dos princípios norteadores
 do programa. Adna ressaltou que após a homologação das inscrições é possível abrir denúncia
caso alguma proposta habilitada não seja condizente com o caráter do programa. Essa função
de fiscalização e controle social pode ser exercida por qualquer cidadão, via e-mail. Alguns
 membros da COGEPACO assumiram o compromisso de efetivar essa denuncia não como
 COGEPACO, mas como cidadãos. A banca examina apenas a documentação enviada,
desconhecendo, em muitos casos, o trabalho desenvolvido nas bases. A habilitação se dá pelos
 critérios expostos no edital – o que torna necessário que seja explicitado esse caráter de gestão
 participativa/comunitária em seu texto. A sugestão é que a próxima versão do edital contenha
 uma definição do que é um Ponto de Memória, vedando a participação de museus institucionais
 ligados a instâncias do governo, pois estes já possuem suas próprias linhas de fomento.
A COGEPACO ainda enfatizou a importância da incorporação da sociedade civil na composição
 da comissão avaliadora.
De acordo com Adna, o prazo hábil para incorporar sugestões e fazer alterações nos próximos editais
 é janeiro de 2014. Portanto, todas as contribuições para aperfeiçoamento devem ser sistematizadas até lá.

Dia 05 de setembro (tarde, 13h às 19h)

1) Apresentação da proposta de trabalho da
 consultoria GESTÃO PARTICIPATIVA, vinculada a COGEPACO: O consultor Wélcio
de Toledo, responsável pela consultoria GESTÃO PARTICIPATIVA, apresentou sua
proposta para o futuro Comitê de Gestão Compartilhada, no que refere-se a sua constituição
(mista, com metade dos membros pertencendo aos quadros do governo, principalmente,
mas não só do IBRAM, e a outra metade da sociedade civil, principalmente, mas não só
representantes dos Pontos de Memória), suas atribuições e responsabilidades.
2) Reunião interna da COGEPACO: A proposta apresentada por Welcio foi ouvida e discutida
 internamente pela COGEPACO. Nesse momento também começou a ser escrita, por
determinação da COGEPACO, uma carta, em anexo, direcionada ao atual Presidente do IBRAM,
 Ângelo Oswaldo, e assinada pela comissão.
3) Iniciação da discussão das atribuições da COGEPACO com a presença de
 Luciana Palmeira e Cinthia Oliveira: Houve divergência sobre as atribuições da atual COGEPACO,
 que a equipe PPM entende como um grupo de trabalho, provisório com objetivo de pensar o formato
 da Comissão Permanente, que será formado, eleito e referendado pelo coletivo. Os membros da
COGEPACO entendem que ela funciona desde já como funcionará a comissão que será referendada,
 uma vez não que faria sentido criar uma comissão que apenas iria pensar na criação de outra
 permanente. O termo PROFISÓRIO não desqualifica os trabalhos desta comissão que almeja
contribuir com o planejamento da equipe PPM, com o plano de trabalho dos consultores, e com acesso
 às contas e direito a opinar no uso futuro das verbas do PRODOC. Membros da COGEPACO
 sentiram-se questionados em sua representatividade, e voltaram à ata, em anexo, do encontro
 de formação da comissão aprovada por um grande coletivo reunido em Petrópolis, no Fórum
 Nacional de Museus, em novembro de 2012 e que foram levados para este encontro pelo próprio
 IBRAM. O Fórum Nacional de Museus foi o evento que reuniu até então um maior número
de iniciativas que integram o programa. Os receios, de ambas as partes, de arbitrariedades no
 processo derivam do fato de que o IBRAM nunca organizou todas as iniciativas, daí a
 importância fundamental da próxima Teia da Memória com presença de todos os pontos.

Dia 06 de setembro (manhã, 9h às 12h)

 1) Reunião interna da COGEPACO: A COGEPACO
 manteve sua proposta de uma reunião interna de trabalho. A carta direcionada ao atual Presidente
 do IBRAM foi finalizada e questões referentes ao papel da COGEPACO discutidas.

Dia 06 de setembro (tarde, 14h às 18h)

 1) Discussão das atribuições da COGEPACO:
Após levantados diversos questionamentos, a COGEPACO e equipe do IBRAM chegaram
 a consideração de que as atribuições da comissão deveriam ser melhor discutidas. Dessa forma,
 a COGEPACO discutirá, internamente, essas atribuições e encaminhará uma proposta,
não finalizada, para o IBRAM até o dia 23 de setembro de 2013.
Nesse momento recebemos a visita do atual Presidente do IBRAM, Ângelo Oswaldo.
Ângelo Oswaldo enfatizou que sua gestão reconhece a importância singular ao PPM como uma
 iniciativa original, que provoca a atenção nacional e internacional. Foi realizada a leitura, por
Wellington Pedro, da carta que a COGEPACO escreveu direcionada a Ângelo Oswaldo no
decorrer da reunião. O presidente do IBRAM mostrou-se bem atento as questões abordadas
pela COGEPACO.
2) Criação de uma agenda de trabalho para COGEPACO: A criação de uma agenda de
 trabalho para COGEPACO foi mesclada  com as Diretrizes para a criação de um gestão
compartilhada/participativa do Programa Pontos de Memória e os encaminhamentos,
conforme proposto na pauta. São indicativos de datas que estão sujeitas a alterações e a possíveis
oscilações orçamentárias.
1) A COGEPACO trabalhará na proposta sobre composições, atribuições e deveres da Comissão,
 e enviará suas contribuições à equipe do Programa Pontos de Memória no dia 23 de setembro
(foi consenso que esse documento precisa ser melhor afinado antes de ser lançado a uma consulta
 pública irrestrita);
2) Os debates devem continuar por meio virtual, com indicativo de chamada, em breve, para a
composição de um Grupo de trabalho sobre fomento;
3) A comissão da Teia da Memória se reunirá, em Brasília, na primeira semana de novembro;
4) No mesmo período da reunião da Comissão da Teia, haverá uma reunião com os doze
pontos que integram a fase inicial do programa para uma avaliação do caminho percorrido desde
 o início do PPM até o momento atual de ampliação;
5) Indicativo da próxima reunião da COGEPACO para a primeira semana de dezembro. Sugestão
que essa reunião aconteça na cidade de Fortaleza (CE);
6; A reunião seguinte da COGEPACO fica indicada para a primeira semana de fevereiro de 2014,
sendo realizada em Belo Horizonte (MG);
7) Uma última reunião prevista, de composição mista entre membros da COGEPACO e da Comissão
 responsável por organizar a Teia da Memória prevista para a primeira quinzena de março de 2014,
sendo realizada em Porto Alegra (RS). Um dos objetivos de sair do eixo de Brasília é que,
nessas reuniões futuras, haja tempo para conhecer as iniciativas locais. Houve consenso de que
essa rotatividade é desejável e contribui na legitimação do processo, ao promover aproximação
das bases. Contudo, é preciso deixar claro que esse ponto está sujeito às possibilidades orçamentárias,
 assim como toda a agenda.
Na certeza de que a construção de uma política pública da memória, de caráter participativo e popular,
 é a vontade sincera de todos os envolvidos neste debate, buscaremos formas alternativas de consulta
e de ampliação do diálogo e nos comprometemos na divulgação, assim que consolidado, das
discussões em andamento e futuras da COGEPACO juntamente ao Programa Pontos de Memória.

sábado, 29 de junho de 2013

21ª Corrida de Canoas e Barcos à Vela na Lagoa Mundaú - Vergel




O Museu Cultura Periférica realizou um registro fotográfico da 21ª Corrida de Canoas e Barcos à Vela na Lagoa Mundaú, no bairro Vergel do Lago. O conselheiro do MCP, Lucival Salgueiro (Neno) foi um dos jurados da competição. Em breve postaremos um álbum com todas as fotos.


Pescadores se inscrevendo na competição.

Entrega das camisas aos competidores

Presença do Corpo de Bombeiros

Cícero - Organizador do evento.







quinta-feira, 27 de junho de 2013

Exposição "Livres Olhares: Memória em Permanência"




O Ponto de Cultura Enseada das Canoas em parceria com o Museu Cultura Periférica (núcleo Vila de Pescadores) e a Associação de Moradores e Amigos do Bairro de Jaraguá convida para a Exposição "Livres Olhares: Memória em Permanência" que estará no Museu da Imagem e do Som de 02 à 12 de julho de 2013. A exposição  revela o bem e o belo com riqueza de detalhes, seja por meio dos livres olhares das crianças do Ponto de Cultura Enseada das Canoas, expostos em fotografias, seja através dos materiais do ofício da pesca tradicional, documentos, vivências.  

Um diálogo trazendo a memória do lugar despertou o desejo de conhecer mais, buscar outras memórias do tempo, da lei, do sonho, do belo. A ideia do belo que se impõe na alma através das janelas dos olhos de quem visita a Vila de Pescadores de Jaraguá provocou a investigação estética na paisagem feia de favela.

A questão do belo foi racionalmente posta por antigos filósofos gregos e, quase sempre, estava relacionada a ideia do bem com o belo. Qual o conceito de bem? Qual o conceito de belo? Há beleza em um povo tradicional, suas práticas, linguagens, atividades de lazer, de produção, de relação? Se o belo representa o bem a exposição dispõe elementos capazes de emocionar e estimular a exigência de uma nova paisagem. A memória reveladora do povo nativo de Jaraguá, fundadora da cidade, permanece e permeia a cidade de Maceió (de)marcando origem e linguagens estéticas de povo tradicional que divide a terra e o mar no seu tempo de vida.


SERVIÇO
Lançamento da exposição Livres Olhares: Memória em Permanência
Curadoria: Viviane Rodrigues
Dia: 02 de julho
Hora: 17h
Onde: Rua Sá e Albuquerque, 275, Jaraguá, Maceió – AL 
Contato: (82) 8843-9311

PROGRAMAÇÃO
Apresentação do Maracatu Mirin do Ponto de Cultura Enseada das Canoas
Perfomace Ficção Azul de Jorge Schutze
Apresentação de Dança Afro do dançarino Murilo Santos
Perfomace Urucungo de Denivan Costa



quarta-feira, 12 de junho de 2013

Mémoria dos Pontos de Memória - Dança




O Centro de Estudos e Pesquisas Afro Alagoano-Quilombo participou da I Teia da Memória, organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus -IBRAM. O evento foi realizado em Salvador de 16 à 18 de dezembro de 2009. Na ocasião estiveram reunidos representantes de entidades que desenvolvem trabalhos nas áreas sociais, culturais, ambientais e governamentais de doze estados brasileiros.

Naquele momento ainda não éramos o Ponto de Memória do Jacintinho (Museu Cultura Periférica). Na ocasião os   dançarinos Jailton Oliveira e Denis Costa proporcionaram um momento sublime. Foi um presente dos alagoanos para os demais companheiros de luta. As imagens falam por si, assista.


Vídeo de Ricardo Araújo.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Fotos do projeto Mirante Cultural


O novo mural do Mirante Cultural. Arte dos grafiteiros Bruno Zagri e Gigante.

 
De março à novembro o CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS AFRO ALAGOANO QUILOMBO em parceria com o MUSEU CULTURA PERIFÉRICA realiza o projeto "Mirante Cultural, um quilombo chamado Jacintinho". Acontece toda última sexta-feira do mês. As fotos abaixo são do dia 31 de maio do corrente ano. Foi uma noite mágica.